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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2010 Barbara Hannay

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Unidos pelo carinho, n.º 1266 - Junho 2016

Título original: The Cattleman’s Adopted Family

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2011

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin

Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-8319-2

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Epílogo

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Ao princípio, quando viu aqueles dois polícias a entrar na sala de baile do hotel, Amy olhou para eles com curiosidade, perguntando-se o que fariam ali. Mal podia imaginar que a sua presença ali estava prestes a pôr toda a sua vida de pernas para o ar.

Estava demasiado excitada para ter pensamentos tão estranhos. Passara várias semanas a organizar os preparativos daquela festa de lançamento e, visto que dependia dela que o evento fosse um sucesso ou um fracasso, sentira-se tremendamente aliviada ao ver que estava tudo a correr bem.

«Eu adoro, eu adoro, eu adoro!», exclamara um dos donos da empresa que a contratara para organizar o evento. Mostrara-se contente com o hotel do distrito Southbank de Melbourne que escolhera para o celebrar e ainda mais com os ecrãs gigantes que mostravam imagens da sua nova gama de sistemas de iluminação, amigos do meio ambiente.

E ela própria estava perfeita: durante três semanas fizera dieta para poder vestir aquele vestido preto tão chique e que lhe custara tanto dinheiro. Também gastara uma soma indecente num salão de beleza da moda para que lhe fizessem umas madeixas loiras que dessem um pouco de estilo ao seu cabelo castanho-claro.

Completara o seu traje com uns sapatos de salto alto e os brincos de diamantes da sua avó e recebera tantos elogios como felicitações pela organização da festa.

No entanto, antes de beber o primeiro gole do seu copo de champanhe, reparou na expressão sombria dos polícias enquanto perguntavam alguma coisa ao porteiro e viu que ele se virava para apontar para ela.

«Oh, meu Deus», pensou, imaginando o pior enquanto os dois homens avançavam para ela. Teria acontecido alguma coisa aos seus pais? Meu Deus, por favor, que não fosse isso. Quando o copo cambaleou na sua mão trémula, Amy apressou-se a pousá-lo sobre a mesa mais próxima. Sentiu um nó no estômago quando pararam à frente ela, mas obrigou-se a esboçar um sorriso.

– Posso ajudar-vos com alguma coisa, cavalheiros?

Um deles cumprimentou-a com um assentimento de cabeça, muito sério.

– É Amy Ross?

– Sim.

– Vive no número 42 da rua Grange no distrito de Kew?

– Si… sim.

– Disseram-nos que organizou este evento e que enviou os convites. É correcto?

Amy engoliu em seco.

– Sim, é correcto.

– Podíamos falar consigo em privado, por favor?

Amy já não conseguia esconder a sua preocupação.

– Acon… Aconteceu alguma coisa?

– Só estamos a pedir informação, menina Ross. Não queremos causar perturbações desnecessárias, portanto se pudesse acompanhar-nos…

Nervosa, Amy seguiu-os até ao hall luxuoso do hotel com o seu chão e as suas colunas de mármore. Demasiado angustiada para fazer perguntas, ficou muito quieta enquanto o polícia mais jovem tirava um envelope dobrado do bolso do seu casaco.

Era um dos convites que enviara. Iriam interrogá-la sobre a lista de convidados?

Amy reviu mentalmente a lista que a empresa lhe dera e à qual ela só acrescentara uma pessoa: Rachel, a sua melhor amiga. A empresa dissera-lhe que podia levar um acompanhante e, embora a escolha lógica tivesse sido Dominic, o seu namorado, no último momento mudara de ideias.

Rachel e ela tinham sido amigas desde os quinze anos e sabia melhor do que ninguém como aquela noite era importante para ela. Além disso, Rachel era mãe solteira e escritora e, desde o nascimento da sua filha, mal saía. Aquela festa era uma oportunidade fantástica para praticar as suas habilidades sociais antes de publicar o seu primeiro livro e de se tornar famosa, porque Amy tinha a certeza de que seria assim.

Rachel estava atrasada, mas não se preocupara porque provavelmente demorara a encontrar uma ama para Bella e estava a dar-lhe as últimas instruções antes de sair.

– É a mesma Amy Ross que figura como o parente mais próximo de Rachel Tyler?

Um gemido abafado escapou dos lábios de Amy. Tentou não imaginar o pior, mas um terror repentino embargou-a.

– Rachel não… Não tem família e eu sou a sua… a sua melhor amiga – balbuciou.

– O seu nome foi o primeiro que apareceu quando verificámos a carta de condução – disse o polícia num tom suave, demasiado suave.

Amy estava a tremer.

– Encontrámos este convite e supusemos que a encontraríamos aqui.

Amy queria gritar que se fossem embora, que a deixassem em paz. Porque não iam directos ao assunto?

– Por… Por favor, digam-me o que se passou – ela soluçou, aterrada.

– Houve um acidente – disse o outro polícia. – Um acidente mortal. A apenas um quarteirão daqui.

Capítulo 1

 

De pé em frente da janela do seu quarto num hotel sujo da região de Far North Queensland, Amy viu uma carrinha surgir entre a poeira. Tremeu, nervosa. O homem ao volante tinha de ser Seth Reardon.

Sentia-se o cabelo húmido na nuca e tinha a roupa colada ao corpo, mas, quando a carrinha parou à frente do pub, não teria podido dizer se estava a suar devido ao calor tropical ou aos nervos.

A porta da carrinha abriu-se e o condutor saiu dela sem demasiada pressa. Era alto e vestia uma camisa cor de anil, umas calças de ganga gastas e botas de montar. Tinha o cabelo preto e as mangas dobradas deixavam à vista uns braços morenos devido ao sol.

O seu ângulo de visão não lhe permitia ver o seu rosto, mas de repente, como se tivesse percebido que estavam a olhar para ele, levantou a cabeça e viu-a.

Amy engoliu em seco e afastou-se da janela com o coração acelerado. Só vislumbrara as suas feições durante alguns segundos, mas na sua mente ficara gravada uma impressão vívida do queixo, robusto e orgulhoso, da expressão decidida nos lábios finos e do azul profundo dos seus olhos.

– Oh, Bella… – sussurrou, virando a cabeça para a menina de dois anos que brincava, sentada na cama, com um porquinho de peluche. – Aquele homem é o teu pai.

Embora já fosse tarde para voltar atrás, Amy não conseguiu evitar perguntar-se se fizera o correcto ao ir até ali.

Rachel quase não lhe contara nada sobre o pai de Bella. Sempre confiara nela, sempre, mas não lhe falara de Seth Reardon até ao dia em que a pequena fizera dois anos.

Fizera-lhe aquela confidência depois da festa de aniversário, para a qual convidara alguns amiguinhos da menina e as suas mães. Amy ficara a ajudá-la a arrumar e, depois de deitar Bella, Rachel fizera esparguete e abrira uma garrafa de vinho. Comeram no pátio de trás e conversaram até de madrugada.

Quando Amy puxara o assunto do pai de Bella, Rachel resmungara e dissera:

– Porque tens de agir sempre como a voz da minha consciência?

– Mas é que Bella já tem dois anos – protestou Amy, – e é uma menina incrível! Não consigo evitar pensar que o seu pai está por aí, a perder tantas coisas…

Para sua surpresa, Rachel assentiu.

– Tens razão – disse e, depois de quase três anos de silêncio, confessou-se.

O pai de Bella era um homem incrível que conhecera durante o tempo que passara a trabalhar num rancho de gado do Cabo York, em Far North Queensland.

– Suponho que poderia dizer-se que caí rendida aos seus pés – admitira Rachel. – Nunca tinha conhecido um homem tão maravilhoso como ele.

– Quer dizer… que era o homem dos teus sonhos? – inquirira Amy.

Rachel empalidecera e, quando falara, o seu tom fora tenso.

– Sim, receio que sim e era o que me assustava, Amy. Foi por isso que não entrei em contacto com ele, porque, se lhe tivesse falado de Bella, teria querido que fôssemos viver com ele.

– Mas se se amavam, teriam vivido felizes para sempre – replicara Amy, que achava aquilo muito simples e tremendamente romântico.

Rachel olhara para ela, aterrada.

– Eu não poderia viver lá, Amy. É o dono de um rancho de gado que absorve todo o seu tempo, está lá muito calor e é um lugar remoto e selvagem… A solidão faria com que acabasse por enlouquecer e de certeza que acabaria por o enlouquecer também.

No entanto, depois de ter bebido um copo de vinho e já mais calma, Rachel dera o seu braço a torcer.

– Tens razão, Amy, devia entrar em contacto com Seth. Claro que quero que conheça a sua filha, mas tenho de encontrar o momento adequado.

Mas esse momento nunca chegara. Era por isso que Amy estava ali, naquele hotel de Tamundra, quase três mil quilómetros a norte de Melbourne.

 

 

Ao ouvir que alguém descia as escadas de madeira, Seth Reardon, de pé no meio da sala de jantar vazia do hotel, virou-se para a porta, tenso e com os punhos cerrados. Não ardia em desejos de conhecer aquela amiga de Rachel, mas era uma reunião de negócios. Franziu o sobrolho ao ouvir uns passos curtos e ansiosos a aproximarem-se da porta aberta e, pouco depois, apareceu uma menina pequena de olhos azuis e caracóis castanhos que correu para ele.

– Olá! – cumprimentou-o, com um sorriso enorme.

Seth olhou para ela, nervoso, quando se abraçou aos seus joelhos. Não sabia nada de crianças e, se lhe dessem a escolher, preferia enfrentar um touro furioso a uma criança como aquela.

Só respirou fundo, aliviado, quando a jovem que vira na janela, presumivelmente Amy Ross, a amiga de Rachel, se aproximou da menina.

– Bella! – exclamou, num tom de recriminação, afastando-a dele. – Lamento – desculpou-se, incomodada, – é muito carinhosa.

– Parece que sim – respondeu ele.

Agora que a menina estava nos braços da sua mãe pareceu-lhe que faziam um quadro íntimo. O cabelo escuro e encaracolado, os olhos azuis e a pele clara da pequena faziam um contraste chocante com os olhos castanhos, o cabelo castanho-claro e a tez, de um moreno dourado, da sua mãe.

No entanto, apesar dessas diferenças, era evidente que eram muito unidas e Seth viu-se embargado por uma emoção inesperada. Pensava que se resignara com a sua vida de lobo solitário, mas naquele momento sentiu inveja daquele vínculo entre mãe e filha. Achava que tinha renunciado aos seus sonhos de constituir uma família.

– Talvez devêssemos voltar a começar – disse a jovem, estendendo-lhe a mão com um sorriso. – Sou Amy Ross e suponho que deve ser Seth Reardon.

Ele assentiu, contrariado. Quando lhe apertou a mão não conseguiu evitar reparar que a sua pele era muito suave.

– Não mencionou que ia trazer a sua filha.

Amy pestanejou.

– Espero que não se importe. Normalmente, porta-se muito bem.

Seth não fez comentário algum, mas, ao ver o interesse com que observava a menina, pigarreou, incomodado.

A chamada de Amy, comunicando-lhe a morte de Rachel e a necessidade daquela reunião, emocionara-o. Não voltara a saber nada de Rachel depois de ela abandonar o rancho e, desde então, tentara mantê-la afastada dos seus pensamentos. A sua morte era uma tragédia, mas não fora a única.

Amy pôs a menina no chão, que se soltou imediatamente da sua mão e começou a puxar as calças de ganga de Seth com as suas pequenas mãozinhas.

– Senhor, vamos! – pediu, subindo para os braços para que pegasse nela ao colo.

– Bella, não – resmungou Amy, incomodada, afastando-a novamente dele. Tirou uns livros ilustrados da sua mala antes de se afastar com a menina. – Vá, senta-te a ver esses livros enquanto falo com o senhor Reardon. Vá lá, sê boa.

Seth fez um esforço para não perder a paciência até Amy conseguir convencer Bella a sentar-se no chão com os livros e alguns brinquedos. Depois, Amy e ele sentaram-se numa das mesas da sala de jantar.

– Um veado! – exclamou a menina, mostrando-lhe a página de um dos livros, com um desenho de um veado. – Um veado no bosque!

Seth soprou, irritado.

– Costuma levar a sua filha consigo às reuniões de negócios, senhora Ross?

Amy corou e levantou o cabelo da nuca, visivelmente incómoda com a humidade tropical do lugar.

– Não sou casada – disse.

Só então é que Seth percebeu que não tinha aliança. De modo que era mãe solteira…

– Não costumo levar Bella comigo quando estou a trabalhar, mas não teria estado tranquila se a deixasse em Melbourne.

Seth não quis intrometer-se, mas não conseguiu evitar perguntar-se onde estaria o pai da menina e porque não estava a ajudar a criá-la.

– Certamente, fez um longo percurso para vir até aqui.

– A quem o diz… Meu Deus, está tanto calor aqui… – resmungou Amy, abanando-se com a mão. – Na agência turística disseram-me que a distância entre Melbourne e Tamundra era a mesma que entre Londres e Moscovo.

Seth assentiu.

– E escolheu a pior época do ano para vir.

Amy fez uma careta.

– Não tinha escolha. Temos muito pouco tempo para organizar a campanha de publicidade. O livro de Rachel sai em Abril.

– Ah, sim, o livro de Rachel… – repetiu ele, com sarcasmo, semicerrando os olhos.

– Não lhe agrada que seja publicado?

– Porque havia de me agradar? Quando esteve a trabalhar no rancho há três anos não disse a ninguém que estava a tencionar escrever um livro. Naturalmente, lamentei quando soube que tinha perdido a vida num acidente, mas não posso dizer que me alegro por esse livro ser publicado.

– Rachel é… era uma escritora incrível. Tinha um dom especial, sobretudo para as descrições.

Isso era muito bom, mas o que descrevera exactamente no seu livro? Ele era um homem que gostava da sua privacidade e não gostava que uma antiga empregada tivesse escrito um livro sobre as seis semanas que passara no rancho.

Na semana anterior, quando lhe telefonara, Amy assegurara-lhe que era uma obra de ficção e que os nomes tinham sido mudados, mas ele não sabia se Rachel teria sido discreta e estava decidido a descobrir o que pudesse sobre aquele livro. Fora por isso que acedera àquela reunião.

– Rachel era a sua melhor amiga, não era? Suponho que poderá falar-me um pouco sobre esse livro – disse a Amy.

Amy esboçou um sorriso nervoso.

– Receio que saiba tão pouco como o senhor. Se vim até aqui foi porque a editora conta com um orçamento limitado para a promoção do livro e queria fazer tudo o que pudesse para… para… – os seus olhos pousaram na menina. – Queria fazer isto por Rachel.

De repente, a pequena levantou o olhar para ela.

– Mamã?

Seth observou, surpreendido, como Amy empalidecia e fechava os olhos, como se a menina a tivesse feito sentir-se mal. Havia alguma coisa em tudo aquilo que não estava bem. A presença da menina, o nervosismo de Amy… Dissera-lhe que queria ir ao rancho para tirar algumas fotografias, para a promoção do livro, mas cada vez estava mais convencido de que cometera um erro tremendo ao aceder àquela reunião.

 

 

A semelhança de Bella com Seth causara um choque a Amy. Nunca teria imaginado que a semelhança nos traços de uma menina pequena e nos de um homem adulto pudesse ser tão evidente. Custava-lhe acreditar que ele não se apercebera. Quanto tempo passaria antes de ele se aperceber e começar a fazer perguntas?

Tinha a certeza de que suspeitava, de que não acreditava que ela estava ali só para obter informação e fotografias para a promoção do livro de Rachel. Aterrava-a que pudesse mudar de opinião a respeito de a deixar passar alguns dias no seu rancho, pois, se isso acontecesse, não teria outro remédio senão contar-lhe o verdadeiro motivo por que estava ali. Ainda não podia contar-lhe, era demasiado cedo.

Não podia dar-lhe a notícia de que tinha uma filha sem mais nem menos. Era um assunto difícil e delicado. Antes tinha de estar com ele e ver que tipo de homem era. Queria ganhar a sua confiança… Se é que era possível, porque começava a duvidá-lo. Em qualquer caso, tinha a esperança de que, entre os dois, conseguissem decidir o que seria o melhor para Bella.

Sentia-se um pouco nervosa, mas era tão bonito… Rachel sempre tivera bom gosto para os homens e o físico escultural de Seth e os seus olhos azuis incríveis bastariam para fazer com que qualquer mulher perdesse a cabeça.

Na noite anterior, pouco depois de chegar ali, mencionara o seu nome à esposa do patrão, Marie, e a sua reacção deixara perplexa.

– Seth Reardon? – repetira, esbugalhando os olhos, surpreendida. – Oh… Não é muito falador e não o vemos muitas vezes no pub. É um homem… frio, mas tem alguma coisa. Não sei, como os seus olhos, esses olhos que nos fazem perguntar…

– Perguntar o quê? – insistira ela, para que continuasse.

A mulher corara e lançara um olhar a Bella, que estava sentada com elas na sala de jantar, absorta no copo de leite frio que estava a beber com uma palhinha.

– O que foi? – voltara a perguntar Amy.

– Bom, não sei, sempre senti uma fraqueza pelos homens de olhos azuis – respondera Marie, de um modo evasivo.

Depois, levantara-se e começar a pegar nos pratos, balbuciando alguma coisa sobre ter de voltar para a cozinha, e deixara Amy com a impressão de que Seth Reardon era tão perigoso como uma teia de aranha para uma borboleta.