Editado por Harlequin Ibérica.
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28001 Madrid
© 2009 Barbara Hannay
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O filho da dama de honor, n.º 1240 - Maio 2016
Título original: The Bridesmaid’s Baby
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2010
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicadacom a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7967-6
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Se gostou deste livro…
Havia uma festa em pleno apogeu na quinta Tambaroora.
O jardim estava iluminado com candeeiros de papel e as gargalhadas e vozes alegres de pessoas jovens juntavam-se à música que chegava até ao prado.
Will Carruthers ia ver o mundo e a sua família e os seus amigos tinham organizado uma festa de despedida.
– Viste Lucy? – perguntou-lhe Mattie Carey, enquanto enchia o seu copo de vinho.
– Sim, claro que vi – respondeu ele, procurando a sua amiga com o olhar. – Estava por aqui há um minuto.
Mattie franziu o sobrolho.
– Passei algum tempo à procura dela, mas não a encontro.
– Se a vir, dir-te-ei – Will sorriu, aproximando-se de outro convidado para lhe servir uma bebida.
Contudo, quando completou o circuito da sala sem ver Lucy McKenty, começou a preocupar-se. Ela não se iria embora da festa sem se despedir. Não, impossível, Lucy era a sua melhor amiga.
Will saiu para o alpendre e, quando olhou à sua volta, viu um casal que se parecia suspeitosamente com a sua irmã Gina e Tom Roberts a beijar-se, mas não viu Lucy.
E também não estava na cozinha.
Will coçou a cabeça, olhando para as garrafas vazias e para os pratos com restos de comida no lava-loiça. Onde podia estar?
O seu irmão Josh entrou para tirar outra garrafa de champanhe do frigorífico.
– Viste Lucy?
Josh limitou-se a abanar a cabeça antes de voltar para a sua última conquista.
Um movimento no alpendre traseiro chamou a atenção de Will. Lá fora estava escuro, mas pareceu-lhe ver uma rapariga apoiada numa das colunas, a olhar para o céu.
– Lucy?
Ela assustou-se.
– Olá, Will!
– Procurei-te por todo o lado – disse ele, aliviado. – Estás bem?
– Doía-me um pouco a cabeça, portanto saí para apanhar ar.
– E estás melhor?
– Sim, obrigada. Muito melhor.
Will apoiou uma mão no corrimão, olhando para o prado escuro.
Durante os últimos quatro anos tinham estado juntos na universidade de Sidney, dois amigos de Willowbank perdidos num mar de estranhos. A sua amizade tornara-se maior durante a vida de estudantes, mas agora esses anos tinham ficado para trás.
Lucy voltara para Willowbank para trabalhar como veterinária enquanto Will, que estudara Geologia, se ia embora para o outro lado do mundo, ansioso de aventuras e novas experiências.
– Não vais sentir saudades de Willowbank, pois não?
Will riu-se.
– Duvido – respondeu. O seu irmão Josh ficaria para ajudar o seu pai a gerir Tambaroora. Era a tarefa para a qual Josh, como irmão mais velho, estava destinado e fazia-o com gosto. Mas Will queria fugir dali. – Oxalá viesses comigo.
Lucy deixou escapar um suspiro.
– Não comeces com isso.
– Lamento – disse ele. – Mas não consigo entender porque não queres fugir daqui.
– E meter-me entre ti e Cara? Isso não seria muito divertido, não te parece?
– De certeza que conheceremos muita gente e farás amigos. Sempre te foi fácil fazer amigos.
Lucy chegara a Willowbank durante o último ano de liceu e depressa encontrara lugar no grupo. Will e ela partilhavam o interesse pela ciência, de modo que se tinham tornado amigos, amigos a sério.
Olhou para ela, à luz da lua, linda, com aqueles olhos azuis tão brilhantes, o cabelo loiro curto e a pele tão clara.
E, de repente, sentiu um nó na garganta.
Quando Lucy levantou a cara, viu uma lágrima a tremer nas suas pestanas e a cair pela sua face.
– Patinha… – Will usou o petit nom para a fazer rir-se. – Não me digas que vais sentir saudades.
– Claro que vou sentir saudades – murmurou ela, virando a cabeça.
Surpreendido, estendeu uma mão para tocar no seu ombro. A sua pele era como a seda e, quando a puxou para ele, pareceu-lhe muito pequena. E o seu cabelo cheirava a flores…
Então, de repente, começou a tremer com uma emoção inesperada.
– Lucy… – sussurrou.
Porém, quando ela virou a cabeça, tudo o que queria dizer ficou preso na sua garganta ao ver as lágrimas a caírem pelo seu rosto.
O coração de Will comportava-se de forma estranha enquanto traçava o caminho das lágrimas com um dedo. E quando tocou nas suas pálpebras molhadas soube que tinha de a beijar.
Era impossível tê-la tão perto e não provar o sabor salgado daquelas lágrimas, a suavidade da sua pele e, finalmente, a da sua boca…
Mas foi Lucy quem o beijou. Foi ela quem procurou os seus lábios, deixando-o surpreendido.
E, com a urgência de uma abelha a descobrir o mel mais tentador, Will apertou-a contra o seu peito apaixonadamente.
Como é que aquilo podia estar a acontecer?
E onde é que Lucy aprendera a beijar assim?
Era tão doce e tão apaixonada ao mesmo tempo que estava excitado como nunca.
Aquela seria mesmo Lucy McKenty?, perguntava-se, com o coração acelerado.
– Lucy? – Mattie Carey chamou-a do interior da casa. – És tu?
Will e Lucy afastaram-se e Mattie olhou para eles, perplexa.
E eles entreolharam-se, igualmente surpreendidos.
– Lamento – murmurou Mattie, corando.
– Não faz mal! – protestaram os dois em uníssono.
– Só estávamos… – começou a dizer Will.
– A despedir-nos – acabou Lucy por ele. E depois deu uma gargalhada. Era uma gargalhada forçada, mas conseguiu fazer com que todos relaxassem um pouco.
– Josh diz que tens de fazer um discurso.
– Um discurso? – repetiu Will.
– De despedida – esclareceu Mattie.
– Ah, sim. Será melhor dizeres alguma coisa agora, antes de todos estarem demasiado bêbados.
Voltaram para o interior da casa e, com a velocidade de um sonho que desaparece ao acordar, aquele momento no alpendre desapareceu.
A magia quebrara-se.
Todos se reuniram à volta de Will e, enquanto olhava para o mar de caras à sua volta, pensou em Cara, a sua namorada, que esperava por ele em Sidney. Depois, olhou para Lucy e viu que parara de chorar.
Com um sorriso nos lábios, parecia a mesma de sempre e disse para si que não havia problemas.
Tinha a certeza de que imaginara a magia daquele beijo.