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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

 

LAÇOS QUE UNEM, N.º 1070 - Junho 2012

Título original: Honor-Bound Groom

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em portugués em 2012

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

® ™. Harlequin, logotipo Harlequin e Desejo são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-0307-7

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversion ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Prólogo

 

Ilha Sagrado, três meses antes...

 

– O avô está a perder a cabeça. Hoje voltou a falar da maldição.

Alexander del Castillo atirou-se para trás no cómodo cadeirão de couro escuro e olhou para o irmão Reynard de maneira reprovadora.

– O nosso avô não está a enlouquecer, só está a ir para velho. E preocupa-se... com todos nós.

Alex também olhou para o irmão mais novo, Benedict.

– Temos de fazer alguma coisa, algo drástico – acrescentou, – e quanto antes. A publicidade negativa que a maldição nos está a trazer não o afeta só a ele, afeta também o negócio.

– Isso é verdade. Este trimestre os lucros da adega têm descido. Mais do que o previsto – comentou Benedict, tomando um copo de Aragonês del Castillo e dando-lhe um gole. – E o problema não é a qualidade do vinho, disso tenho a certeza.

– Esquece o teu ego e concentra-te – rosnou Alex. – Isto é muito sério. Reynard, tu és o nosso chefe de publicidade, o que é que a família pode fazer para acabar com a maldição de uma vez por todas?

Reynard olhou-o com incredulidade.

– Mas a sério que lhe queres dar crédito?

– Se isso significa que vamos poder voltar à normalidade, sim. Devemo-lo ao avô. Se tivéssemos sido mais tradicionais, não teria surgido o problema.

– A nossa família nunca teve uma atitude tradicional, irmão – disse Reynard sorrindo.

– E olha aonde fomos parar – argumentou Alex. – Após três séculos, a maldição da governanta continua a pesar sobre nós. Acreditem ou não, segundo a lenda somos a última geração. Todo o mundo pensa, incluído o avô, que se não fizermos as coisas bem não haverá mais Del Castillo. Querem que isso pese sobre as vossas consciências?

Olhou para os dois irmãos, muito sério.

– É isso que querem? – insistiu.

Reynard abanou a cabeça, como se não pudesse crer no que acabava de ouvir. Parecia surpreendido por o irmão mais velho acreditar, tal como o avô, que aquela velha lenda pudesse ser verdadeira.

Alex compreendia o ceticismo do seu irmão, mas não tinham escolha. Enquanto os vizinhos da zona acreditassem na maldição, a má publicidade afetaria os negócios da família Del Castillo. Enquanto o avô acreditasse nela, as decisões que os seus irmãos e ele tomassem poderiam tornar feliz ou infeliz o homem que os tinha criado.

– Não, Alex – respondeu Reynard, suspirando. – Não quero ser o responsável pelo desaparecimento da nossa família.

– E o que podemos fazer a esse respeito? – perguntou Benedict rindo sem vontade. – Não é tão fácil encontrar de repente três noivas carinhosas com as quais nos casarmos e vivermos felizes durante o resto dos nossos dias.

– Isso mesmo! – declarou Reynard, levantando-se e rindo. – É isso mesmo que temos de fazer. Será uma campanha de publicidade como nunca se viu outra em Ilha Sagrado.

– E és tu que pensas que o avô está a perder a cabeça? – inquiriu Benedict, dando outro gole à bebida.

– Não – interveio Alex. – Tem razão. Isso é exatamente o que temos de fazer. Recordem a maldição. Se a nona geração não viver segundo o lema da nossa família: honra, verdade e amor, na vida e no casamento, o apelido Del Castillo desaparecerá para sempre. Se os três nos casarmos e tivermos família, para começar demonstraremos que a maldição é falsa. Voltarão a confiar em nós e não se deixarão levar pelo medo nem pelas superstições.

Reynard voltou a sentar-se.

– Falas a sério – disse.

– Mais do que em toda a minha vida – respondeu Alex. Estivesse a falar a sério ou a brincar, Reynard tinha encontrado a solução que não só serenaria o avô, como estimularia o negócio familiar. E teria efeitos positivos em toda a ilha.

Ilha Sagrado era uma pequena república do mar Mediterrâneo em cujos assuntos, quer fossem comerciais ou políticos, influía há muito tempo a família Del Castillo. A prosperidade desta sempre fizera progredir também o resto da população.

Infelizmente, o contrário também ocorria.

– Esperas que os três nos casemos com as mulheres adequadas e formemos famílias e que, de repente, tudo comece a correr bem? – perguntou Reynard.

– Exato. Não pode ser tão difícil – respondeu Alex, pondo-se de pé e dando-lhe uma palmadinha no ombro. – És um bonito rapaz. Tenho a certeza de que terás muitas candidatas.

Benedict bufou.

– Mas nenhuma é do tipo que o avô aprecia.

– Então e tu? – replicou Reynard. – Andas demasiado ocupado a passear-te no teu Aston Martin para encontrares namorada?

Alex chegou-se à lareira e apoiou-se no enorme parapeito de pedra. Há muitas gerações que a sua família se reunia ao calor daquele lume, e ele e os irmãos não podiam ser os últimos a fazê-lo. Não se ele pudesse fazer algo para evitá-lo.

– Fora de brincadeiras, estão pelo menos dispostos a tentar? – perguntou-lhes, fitando-os.

Dos dois, Benedict era o mais parecido com ele. De facto, havia dias em que lhe parecia estar a ver-se ao espelho quando reparava no cabelo preto e nos olhos castanhos-escuros do irmão. Reynard parecia-se mais com a mãe, que era francesa. Tinha os rasgos mais finos e a pele mais escura. Nenhum dos três tivera alguma vez problemas para captar a atenção feminina desde muito antes de chegarem à puberdade. De facto, só havia uma diferença de três anos entre o mais velho e o mais novo, e sempre tinham sido muito competitivos no que às mulheres se referia. Nesse momento tinham os três pouco mais de trinta anos e tinham deixado essa fase atrás, mas continuavam a ter reputação de playboys e era esse tipo de vida que os tinha levado àquele ponto.

– Para ti é fácil, já estás prometido com a tua namorada da infância – provocou Benedict.

– Nunca foi minha namorada, era só um bebé quando nos comprometeram.

Vinte e cinco anos antes, o seu pai salvara o seu melhor amigo, François Dubois, que tinha estado a ponto de se afogar quando o tinham desafiado a nadar na praia mais perigosa de Ilha Sagrado. Dubois tinha prometido a mão da filha mais nova, Loren, ao filho mais velho de Raphael del Castillo. Naqueles tempos modernos, ninguém além dos dois homens dava crédito à promessa, mas eles, que pertenciam à velha escola, tinham-na levado muito a sério.

Alex nunca tinha pensado nisso apesar de, quase desde o dia em que aprendera a andar, Loren o ter seguido como se fosse a sua mascote, mas fora uma alegria quando os pais desta se separaram e a mãe fora viver para a Nova Zelândia levando Loren, tinha esta quinze anos.

Desde então, o mencionado compromisso servira-lhe de desculpa para evitar o casamento. De facto, jamais tinha pensado em casar, e muito menos cumprir a promessa que François Dubois tinha feito ao seu pai, mas que melhor maneira de manter a honra e a posição da sua família em Ilha Sagrado que cumprir com as condições do acordo a que o seu pai e Dubois tinham chegado? Bem podia imaginar as manchetes. A publicidade não só beneficiaria os negócios da família, mas toda a ilha.

Pensou brevemente no devaneio que tinha tido com a sua secretária. Não costumava misturar o trabalho com o prazer, mas as persistentes tentativas de Giselle de o seduzir tinham sido muito divertidas e, por sinal, muito satisfatórias.

Giselle, que era uma loira curvilínea, também tinha desfrutado muito participando nos eventos da alta sociedade da ilha. Era uma mulher bonita e com talento, em mais de um aspeto, mas não estava feita para se casar. Não. Ambos sabiam que a relação não tinha futuro. De certeza que o compreenderia quando lhe explicasse que a relação não podia continuar. De facto, terminaria com ela quanto antes. Precisava de criar certo espaço emocional antes que Loren voltasse à ilha como sua noiva.

Alex pensou que teria de comprar uma joia a Giselle e voltou a pensar na única mulher que podia converter em sua esposa.

Loren Dubois.

Pertencia a uma das famílias mais antigas de Ilha Sagrado e sempre se orgulhara disso. Apesar de estar há dez anos longe dali, Alex tinha a certeza de que continuava ligada à ilha e de que quereria honrar a memória do seu pai, entretanto falecido. Não hesitaria no momento de cumprir com o compromisso a que este tinha chegado muitos anos antes. E, o mais importante, entenderia o que significava casar com um Del Castillo e as responsabilidades que isso implicava. Além do mais, nesse momento teria a idade e a maturidade adequadas para casar e ajudá-lo a acabar com a maldição de uma vez por todas.

Alex sorriu aos irmãos com cumplicidade.

– Bom, eu já tenho solução. Que vão fazer vocês os dois?

– Estás a gozar? – perguntou-lhe Benedict, como se acabasse de anunciar que se ia tornar padre. – A pequena e desengonçada Loren Dubois?

– Talvez tenha mudado – comentou ele, encolhendo os ombros.

Era obrigado a casar com ela, os seus desejos eram irrelevantes. Com um pouco de sorte, engravidaria durante o primeiro ano de casamento e depois estaria ocupada com o bebé e deixá-lo-ia em paz.

– Escolhê-la-ias a ela, podendo escolher qualquer outra? – perguntou-lhe Reynard.

Alex suspirou. Os seus irmãos eram tenazes como dois lobos famintos atrás de uma presa ferida.

– Por que não? Assim honrarei o acordo a que chegou o nosso pai com o amigo, e sossegarei o avô. Para não falar dos efeitos que o casamento vai ter na nossa imagem pública. Sinceramente, a imprensa regozijar-se-á com a história, sobretudo, se filtrarmos que o compromisso se pactuou há muitos anos. Farão com que pareça um conto de fadas.

– E as preocupações do avô? – perguntou Reynard. – Achas que a tua noiva quererá assegurar a longevidade da nossa família? Talvez já seja casada.

– Não é.

– Como é que sabes?

– O avô e um detetive seguiram-lhe a pista desde que o François morreu. E desde o ataque do avô do ano passado, os relatórios chegam-me a mim.

– Com que então falas a sério... Vais cumprir um compromisso de há vinte e cinco anos com uma mulher que já nem conheces.

– Devo fazê-lo, a não ser que vos ocorra algo melhor. Rey?

Reynard negou com a cabeça, refletindo com o movimento a frustração que os três sentiam.

– E tu, Ben? Ocorre-te algo que possa salvar o nosso apelido e as nossas fortunas, para não falar de fazer o avô feliz?

– Sabes que não podemos fazer outra coisa – respondeu Benedict, resignado.

– Nesse caso, irmãos, quero propor um brinde. –À nossa e às nossas futuras noivas.

Capítulo Um

 

Nova Zelândia, na atualidade...

 

– Vim cá para que falemos das condições do acordo a que os nossos pais chegaram. Chegou o momento de nos casarmos.

Desde que tinha visto aterrar um Eurocopter na pista que havia ao lado da casa, perguntava-se o que tinha ido ali fazer Alexander del Castillo. Já sabia. Ainda que não pudesse crer.

Loren Dubois estudou o homem alto, quase desconhecido, que estava na sala de casa da sua mãe. Há muito tempo que não o via. Estava todo vestido de preto, com o cabelo moreno afastado da testa e os olhos castanhos-escuros fincados nela. Devia sentir-se intimidada, mas a verdade era que se estava a perguntar se não o teria invocado ela.

Casar-se? O coração de Loren acelerou-se e ela tentou acalmá-lo. Uns anos antes, não teria deixado passar a oportunidade, mas nesse momento... A idade tornara-a mais cautelosa. Já não era uma adolescente apaixonada. Sabia de primeira mão como podia ser um casamento de conveniência, porque tinha como exemplo os seus pais. Alexander del Castillo e ela já não se conheciam. Não obstante, o modo como lhe tinha proposto que se casasse com ele, ao estilo tipicamente autocrático dos Del Castillo, fazia com que lhe tremessem os joelhos.

Tentou voltar à realidade. Quem pretendia enganar? Não lhe tinha pedido para se casar com ele. Tinha-lhe dito que se iam casar, como se não lhe coubesse a menor dúvida de que ela ia aceitar. Embora tivesse de admitir que todo o seu corpo a instava para que o fizesse.

«Espera», recordou a si própria. «Não vás tão depressa».

Há anos que tinha posto os olhos nele. Dez anos desde que o seu coração adolescente se tinha partido e a sua mãe a tinha levado para a Nova Zelândia após o divórcio. Era demasiado tempo sem ter notícias de uma pessoa, sobretudo, tratando-se do homem com quem estava comprometida desde o berço. Ainda assim, uma parte dela queria dizer que sim. Respirou fundo. Apesar de tal compromisso sempre lhe ter parecido tirado de um conto de fadas, tinha de permanecer com os pés na terra.

– Casar-nos? – respondeu-lhe, levantando ligeiramente o queixo, como quem quer parecer mais alta. – Apareces aqui sem avisar, de facto, não entraste em contacto comigo desde que saí de Ilha Sagrado, e o primeiro que me dizes é que chegou o momento de nos casarmos?

– Há um quarto de século que estamos comprometidos. Eu diria que já esperámos bastante.

Loren ouviu na sua voz aquela deliciosa mistura de sotaques espanhóis e franceses que havia em Ilha Sagrado. Ela já o tinha perdido há muito tempo, mas adorava ouvi-lo. O seu corpo respondeu a ele por muito que tivesse tentado controlá-lo. Teria tido assim tantas saudades?

Com certeza que sim. Tudo isso e mais, mas já era uma mulher, não era uma menina nem uma adolescente. Tentou falar com frieza:

– Um compromisso que ninguém esperou que fôssemos cumprir – disse.

Tinha de demonstrar que não ia ser assim tão fácil. Desde que tinha saído de Ilha Sagrado, Alex não entrara em contacto com ela. Nem sequer no Natal ou no seu aniversário. E Loren estava magoada com a sua indiferença.

– Estás a dizer que o teu pai não ofereceu a tua mão a sério?

Loren desatou a rir de maneira sarcástica. Ainda sentia muita falta do pai, mesmo tendo transcorrido já sete anos desde a sua morte. Com ele tinha cortado o seu vínculo com Ilha Sagrado e julgava que também com Alex, mas ali estava ele nesse momento e ela não sabia como reagir.

«Sê forte», pensou. «Sobretudo, sê forte. É a única maneira de ganhar o respeito dos Del Castillo».

– Uma mão que só tinha três meses quando ta prometeram... e tu oito anos – replicou Loren.

Alex deu um passo para ela que, apesar de sua inexperiência com homens como ele, respondeu instintivamente.

Alex sempre tivera aquele magnetismo, mas os últimos dez anos tinham-lhe servido para amadurecer, alargar os ombros e endurecer as feições. Parecia ter mais de trinta e três anos. Parecia mais velho e mais duro. E não era dos que aceitavam um não por resposta.

– Já não tenho oito anos. E tu... – disse Alex, percorrendo-a com o olhar – já não és uma menina.

Loren ruborizou-se, como se a tivesse acariciado não só com os olhos, mas sim com as mãos, pela cara, pelo pescoço, pelos seios. Os mamilos endureceram-se contra o sutiã e desejou-o mais ainda.

– Alex – disse-lhe, quase sem fôlego, – já não me conheces. Eu não te conheço a ti. Podia ser casada.

– Sei que não és.

Loren perguntou-se como sabia isso. E se sabia mais alguma coisa. Ter-lhe-ia seguido a pista durante todo aquele tempo?

– Temos o resto das nossas vidas para aprender a comprazer-nos um ao outro.

Alex disse-o num murmúrio, baixando a vista para os lábios. Comprazer ou dar prazer? Que tinha querido dizer na realidade? Loren lutou contra a vontade de humedecer os lábios com a língua. Conteve um gemido: uma resposta pura e visceral ao seu olhar, que a fazia cambalear.

A sua falta de experiência com os homens jamais a incomodara até então. A relação com os convidados e trabalhadores masculinos na herdade da sua família materna fora sempre platónica e ela preferia assim. Já lhe tinha sido assaz difícil acostumar-se à vida ali, para ainda o complicar mais tendo uma relação com alguém que trabalhasse na herdade. Além do mais, isso teria sido uma traição: à promessa do pai, e aos seus sentimentos por Alex.

Nesse momento, a sua falta de experiência preocupou-a. Um homem como Alex del Castillo esperaria dela mais do que lhe podia oferecer. Exigir-lho-ia.

Em adolescente, adorava Alex. E pensava que dita adoração acabaria por se transformar em amor, apesar de Alex mal tolerar a miúda magricela que o seguia para todas as partes como se fosse uma sombra.

Desde que tinha memória, tinha pedido ao pai que lhe contasse uma e outra vez a história de como o pai de Alex, Raphael, o salvara de morrer afogado na praia que havia sob o castelo. E tinha-o escutado atentamente enquanto este lhe contava como tinha prometido a mão da sua filha.

Mas os seus sonhos infantis de um final feliz com um príncipe de conto de fadas não tinham nada a ver com o homem especado diante de si. Em cada movimento de Alex notava-se que tinha uma experiência sexual que ela não podia nem sequer imaginar. E isso excitou-a e intimidou-a ao mesmo tempo. Estar-se-ia a deixar levar pela emoção do momento?

– Além do mais – acrescentou Alex, – chegou a hora de me casar, e com quem melhor do que com a mulher com quem estou comprometido desde sempre?

Olhou-a fixamente nos olhos, desafiando-a a contradizê-lo, mas, para sua surpresa, Loren viu mais alguma coisa refletida neles.

Ao descer do helicóptero tinha-lhe parecido um homem forte e seguro de si mesmo, mas nesse momento havia uma sombra de dúvida no seu olhar. Era como se esperasse que ela resistisse a cumprir o acordo a que ambos os progenitores tinham chegado muitos anos antes.

O cheiro da colónia de Alex envolveu-a, invadindo todos os seus sentidos e confundindo-a. Deixou de pensar de maneira racional ao ver que dava outro passo para ela, lhe punha a mão no queixo e lhe fazia levantar o rosto.

Tocou-a com suavidade e ela deixou de respirar. Alex inclinou a cabeça para beijá-la nos lábios de maneira terna, ardente, persuasiva. Depois levou a mão do queixo à nuca.

Loren começou a sentir a cabeça às voltas enquanto separava os lábios e ele lhe acariciava o inferior com a língua. Gemeu e, de repente, deu conta que estava entre os seus braços, com o corpo apertado contra o dele. Meteu os braços por baixo do seu casaco e apoiou as mãos nos fortes músculos das suas costas.